Ana O
8. lokakuuta 2023
É uma longa história, mas vale a pena você ler. Reservamos um quarto com bastante antecedência. Como nosso voo chegaria pela manhã, por volta de 9h, fiz uma consulta sobre a possibilidade de “early ckeckin”. A resposta foi uma negativa seca, simplesmente dizendo não ser possível. Estranhei um pouco a resposta, pois havia feito o mesmo questionamento para um hotel de mesmo nível em Katmandu (por onde iniciamos nossa viagem), e a resposta, mesmo também possivelmente negativa, citava que dependeria de haver quarto vago no dia pretendido. Mas até aí tudo perfeito, as regras são essas e quando a gente reserva já sabe dos horários. Chegamos à Yogyakarta após 16 horas de voos/escalas, vindos do Nepal. Cansados, suados, loucos por um banho. Entre os trâmites da alfândega, distância do aeroporto, trânsito, acabamos chegando ao hotel às 12:30h. Detalhe: 2 dias antes eu simulei uma reserva e havia quartoS disponíveIS. Aí começou o show de horrores. O hotel parece uma casa adaptada. É até, externamente, muito bonito. Não tem portaria, e a entrada fica TRANCADA! Por sorte nosso motorista do táxi começou a chamar, nos fundos, até que apareceu um rapaz. Nos identificamos, entregamos os passaportes e ele desapareceu casa adentro, com nossas bagagens , voltando a trancar a porta de entrada. Ficamos ali, na varanda, sozinhos. Um calor infernal. Cansaço. Vontade urgente de usar um banheiro. Bati na porta insistentemente até que o rapaz voltou. Perguntei se poderia usar um banheiro, nem que fosse no quarto que teoricamente estava sendo preparado para nós. Ele não soube responder, pareceu ir perguntar a alguém, voltou pra dentro e trancou a porta. Fui ficando desesperado. Comecei a andar pela rua procurando um bar em que pudesse tomar uma água e usar um banheiro. Nada. Fomos largados ali na varanda, sem um convite para esperar numa saleta na entrada, sem a oferta sequer de um copo se água. Quando o rapaz voltou e disse não ser possível nos permitir usar um banheiro, meu sangue talhou. Toda essa saga durou UMA HORA. Entrei no hotel, pedi minhas malas, meus passaportes. Entrei na internet, reservei o primeiro hotel que me apareceu. Chamei um táxi, e só nesse momento apareceu uma mulher (parecia a gerente) dizendo que o quarto estava quase pronto. Quando me viu saindo, não teve sequer a decência de se desculpar. Eu NUNCA, em toda a minha vida, fui tratado com tamanho desrespeito. E olha que estava vindo de um trekking no Nepal, me hospedando em alojamentos sem banheiro e sem chuveiro, nas montanhas. Não é questão de luxo, conforto. É questão de empatia e respeito. Não posso avaliar os quartos, pois não os vi. Mas posso deixar meu conselho: fuja deste hotel. Ninguém merece ser tratado assim.
Käännä